Ser mãe: O papel da minha vida
Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2006
UPDATE
Tanta coisa que nem sei por onde começar...
A viagem foi uma aventura. Excesso de bagagem, 3 gatos no porão entregues na bagagem fora de formato à última e os nossos nomes a soar no altifalante a chamar para o avião! Uma canseira e um stress que não quero relembrar. A Matilde estava cheia de energia mas lá adormeceu quase à chegada. E quando chegámos... uma casa para arrumar e limpar, malas para desenformar e muito cansaço acumulado em cima. Valeu-nos a minha mãe que veio connosco! Não sei o que teria sido de nós sem ela. EU NÃO TINHA AGUENTADO SE NÃO FOSSE A MINHA MÃE A ARRUMAR TUDO, A LIMPAR E ESFREGAR E A IR FAZER TODAS AS COMPRAS... MUITO OBRIGADA MAMÃ. ADORO-TE MUITO MUITO E JÁ ESTOU CHEIA DE SAUDADES TUAS. MIL BEIJOS.
A minha mãe foi embora no domingo e (depois de muitas lágrimas minhas) a vida está a voltar ao normal.
Normal normal não diria mas ao quotidiano possível aqui.
Já estamos com muito trabalho mas temos tempo para um pequeno almoço completo na mesa da sala com vista para o mar, para almoçar juntos e para ir buscar a cachopa antes das 17 horas de modo a dar um passeio ou brincar um bocadinho.
A casa é óptima. Sinto-me em casa. A Matilde gosta muito da casa nova e parece estar a adaptar-se bem ao colégio novo. Gostei muito do colégio, as instalações são óptimas e elas parecem extremamente cuidadosas. Penso que o nível de acompanhamento não será tão bom como o colégio de Lisboa - parece que não puxam tanto pelos miúdos, mas pode ser apenas primeira impressão - mas a mensalidade é 3 vezes menos... Não que seja factor determinante porque nunca foi até agora, mas é uma ajuda, claro.
As paisagens são fantásticas, a vida é mais calma por aqui e não me parece que vá sentir muita falta das bichas de Lisboa, das pessoas que se acotovelam no autocarro e do stress de chegar a casa 1 hora depois de deixar o emprego. Vamos ver com o tempo...
Outra diferença é que nada se resolve já e dificilmente para hoje ou amanhã. Tudo com muita calma que não temos pressa nem para onde ir. Penso que é uma questão de hábito, mas ao nível profissional custa-me muito porque estou habituada a um ritmo mais para ontem do que para a semana.
De qualquer das maneiras este blog é da minha filha. Por isso chega de testamentos e, a partir daqui, concentremo-nos nela:
EPISÓDIO 1 - Tentámos que fizesse a passagem para a cama grande e para o quarto dela:
- Queres dormir na tua caminha nova?
- Sim.
O pai deitou-a e deixámos a porta encostada com a luz acesa.
Uma hora e meia depois ouvimos barulho...
Estava sentada no chão com os brinquedos todos espalhados a brincar felicíssima da vida!
Conclusão: Regressou para o meu lado...